O Tribunal do Júri condenou Paulo Vitor Azevedo a 26 anos de prisão pelo assassinato e ocultação do corpo da adolescente Priscila Brenda, crime ocorrido em 2012, em Catalão. A sentença foi proferida nesta terça-feira (18), após um julgamento que começou na segunda-feira.
O julgamento começou na segunda-feira (17), às 8h30 da manhã, e seguiu até as 5h da manhã da terça-feira (18), totalizando 20 horas e 30 minutos de debates. Após uma pausa, a sessão foi retomada às 11h da manhã da terça-feira, encerrando-se às 17h45. No total, o júri durou 33 horas e 15 minutos, sendo um dos mais longos da região.
Durante o julgamento, a acusação apresentou laudos periciais, depoimentos de testemunhas e outras evidências que reforçaram a tese da culpa do réu. Já a defesa tentou contestar as provas e levantar dúvidas sobre a participação do acusado no crime.
O Veredito e a Leitura da Sentença
Após a deliberação do conselho de sentença, o juiz anunciou a decisão final: o réu foi condenado a 26 anos de reclusão pelo crime que tirou a vida de Priscila Brenda.
Ao proferir a sentença, o juiz ressaltou a gravidade do crime e a longa espera por justiça. Ele destacou que a decisão foi baseada nas provas apresentadas e no julgamento soberano do júri popular.
O réu saiu do plenário diretamente para o presídio, onde já começou a cumprir sua pena em regime fechado.
Prisão de Testemunhas por Falso Testemunho
Além da condenação do réu, o júri popular também tomou outra decisão importante: três testemunhas foram presas durante o julgamento, acusadas de falso testemunho.
Durante os depoimentos, o conselho de sentença identificou contradições nas falas dessas testemunhas, levando os jurados a optar por suas prisões imediatas. O juiz determinou que os três fossem encaminhados às autoridades para investigação e possíveis processos por tentativa de obstrução da Justiça.
Defesa do Réu Vai Recorrer
Os advogados do réu afirmaram que vão recorrer da sentença, alegando que há pontos no julgamento que precisam ser reavaliados. Segundo a defesa, a pena aplicada é excessiva e deve ser revista em instâncias superiores. O pedido de recurso deve ser protocolado nos próximos dias, e o caso poderá ser analisado por um tribunal de segunda instância.
Plenário Lotado e Comoção Popular
Desde o início do caso, a sociedade acompanhou o desenrolar das investigações e aguardava por uma resposta da Justiça. Durante o julgamento, o plenário permaneceu lotado, com grande presença de parentes da vítima e do réu, além da população, que seguiu atenta aos detalhes da sessão.
Desdobramentos
Apesar do recurso anunciado pela defesa, o réu já se encontra sob custódia no presídio, iniciando o cumprimento de sua pena. A decisão do júri representa um marco na busca por justiça para Priscila Brenda e para sua família.
O caso se encerra nos tribunais de primeira instância, mas poderá ter novos capítulos nos tribunais superiores, caso o recurso da defesa seja aceito. Enquanto isso, a sociedade segue atenta ao desdobramento do processo e à efetiva aplicação da justiça.