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CINCO CIDADES DE GOIÁS JÁ FAZEM RODÍZIO DE ÁGUA

de Luiz Cláudio
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Revezamento é feito por bairros ou horários, por causa do aumento do consumo e baixo
nível dos mananciais. Outros municípios, como Senador Canedo e Abadiânia, sofrem com
torneiras secas

A crise hídrica formada em razão da baixa vazão nos mananciais na região CentroOeste já é responsável pela dificuldade no abastecimento de água em pelo menos
cinco municípios de Goiás. Desde a última segunda-feira (13), as cidades de São Luiz
do Norte, Goianésia e São Luís de Montes Belos são atendidas em sistema de rodízio
pela Saneago. Além delas, a partir desta quinta-feira (16) o mesmo método será
utilizado em Crixás. O problema também ocorre em Caldas Novas, cujo serviço é feito
por uma companhia municipal, já há três semanas.


Tanto em São Luís de Montes Belos quanto em São Luiz do Norte, a justificativa da
Saneago dada no informativo sobre a realização do rodízio é que o mesmo é
necessário devido ao aumento no consumo pela população, o mesmo argumento se dá
para Crixás. Já em relação a Goianésia, a companhia estatal alerta para o
comprometimento do nível do Ribeirão Anda Só, que é o manancial que abastece o
município. O baixo nível do Ribeirão Pirapitinga é o que causa o problema em Caldas
Novas.
O diretor-presidente do Departamento Municipal de Águas e Esgotos de Caldas Novas
(Demae), Rafael Marra, relata que falta investimento para melhorar a situação. “Não
houve investimento nos últimos 20 anos para a captação de água de Caldas Novas.
Precisamos de recursos financeiros para solucionar a falta de água da cidade”, afirma.
No município da Região Sul do Estado, parte da cidade é abastecida pela manhã e o
restante pela tarde. Já o rodízio pela Saneago nas demais quatro cidades é feito a
partir das macrozonas locais.
“Foi realizado um planejamento em relação aos dias em que determinados grupos
estarão abastecidos, os dias de desabastecimento e os dias de recuperação do
sistema. Tudo de forma transparente, devidamente aprovado pelos entes reguladores,
dialogado com as prefeituras e comunicando os clientes. As medidas poderão ser
alteradas de acordo com a variação de vazão do manancial e, caso ocorra, serão
antecipadamente informadas à população”, informa a companhia. A Saneago explicou
ainda que as ações são necessárias devido “ao prolongamento da estiagem, drástica
diminuição da umidade, chegando a 12%, e aumento do consumo de água”.
Também há registro de problemas no atendimento da população em Abadiânia e
Senador Canedo, ambas de companhias municipais.

Neste último caso, os moradores do Conjunto Morada do Morro têm ficado sem água. Gessivaldo Sepulvida Oliveira, de 62 anos, enfrenta fila e sol quente para buscar água todos os dias em uma das duas torneiras da prefeitura com um carrinho de mão carregando garrafas pet, garrafa

 

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