Cinco integrantes da empresa são alvos de investigação que aponta um prejuízo de R$ 6,4 milhões para estatal, em contrato inicial de R$ 85 milhões; diretora foi retirada em 2022
Cinco servidores públicos foram alvos de mandados de afastamento da função, no âmbito da Operação Custo Máximo, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), nesta terça-feira (14). A operação apura prejuízo de R$ 6,4 milhões em contrato de 2021 entre a Saneamento de Goiás S/A (Saneago) e empresa do Rio Grande do Sul que firmou contrato com a estatal goiana para fornecimento de produtos por meio de almoxarifado virtual.
De acordo com o delegado Danilo Victor Nunes de Souza, os materiais eram fornecidos com valores superfaturados. Além disso, a Polícia Civil também apura fraude no processo de licitação.
A suspeita de irregularidade no contrato da Saneago com BRS Distribuição e Suprimentos já circula na administração estadual há pelo menos um ano. Em janeiro de 2022, o governador Ronaldo Caiado (UB) indicou o então diretor-executivo de Liquidação de Estatais da Secretaria de Administração (Sead), Edson Sales de Azeredo Souza, para ocupar a diretoria de Gestão Corporativa e substituir Silvana Canuto Medeiros, supostamente envolvida em irregularidades do contrato em questão. Na época, já circulava nos bastidores informação de que havia investigação em curso sobre o caso.