A Operação da PF foi deflagrada em Catalão GO, no Pará e também no Distrito Federal
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (28), nove mandados de busca e apreensão contra três servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM), uma mineradora e seus dois sócios.
A Operação Grand Canyon II investiga os crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e advocacia administrativa em Goiás, no município de Catalão, no Distrito Federal e no Pará.
A ação objetiva cumprir o afastamento das funções públicas dos servidores que, segundo a PF, atendiam interesses particulares de mineradoras em troca de receber um dinheiro indevido.
A investigação começou a partir da denúncia de uma mineradora prejudicada pela “atuação aparentemente ilegal dos servidores da ANM” em processos minerários em benefício da empresa investigada. As investigações apontaram que a associação empresarial em questão possui características de ser de fachada, uma vez que não está sediada nos endereços cadastrados, não possui frota de sua propriedade e não possui vínculos empregatícios registrados.
Em nota, a PF afirmou que o nome da operação faz referência à maneira como ocorreram os supostos crimes, já que são semelhantes ao ocorrido na Operação Grand Canyon, deflagrada em 2015.
Na época, a PF verificou a atuação ilegal de servidores do então Departamento Nacional de Produção Mineral no Estado do Pará (DNPM/PA) em processos minerários, com objetivo de atender aos interesses de empresas mineradores em troca do recebimento de vantagem indevida.
Além disso, um dos servidores investigados atuou como advogado da mineradora que teria sido beneficiada até 2022, nos mesmos processos minerários sob investigação, conforme destacou a polícia. O POPULAR entrou em contato com a Agência Nacional de Mineração (ANM), às 10h57 desta terça-feira (28), por e-mail, e aguarda retorno. Como o nome da mineradora envolvida não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar os sócios investigados para que dêem sua versão. O espaço permanece aberto.
Fonte: Opopular