A Operação Custo Máximo, deflagrada na manhã desta terça-feira (14), cumpre 37 mandados e bloqueia R$ 6,4 milhões de suspeitos em Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. A Polícia Civil de Goiás investiga fraudes em licitações, direcionamento de processo licitatório e associação criminosa. Os agentes estão cumprindo mandados de busca e apreensão, afastamento de função pública, proibição de contratar com o poder público e bloqueio de bens avaliados em R$6 milhões e 400 mil. A operação está acontecendo nos estados de Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Como os nomes dos envolvidos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dos investigados. Segundo a PCGO, mais informações serão repassadas ao longo do dia.
Saneago
De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), em 2022, um contrato no valor de R$ 4 milhões teria sido celebrado de forma fraudulenta entre a empresa alvo da operação e a Companhia de Saneamento de Goiás, a Saneago.
O contrato com a Saneago para a distribuição de água nos caminhões foi firmado no início de 2020. No entanto, o Ministério Público verificou que a empresa não tinha o devido conhecimento técnico para realizar o serviço. Em nota, a defesa dos funcionários envolvidos informou que vê as medidas deflagradas com bastante estranheza.
“Órgãos como a Controladoria Geral do Estado e Tribunal de Contas do Estado já apontaram entendimento por ausência de prejuízo financeiro no contrato ora investigado”, informou. “Por sua vez, quanto a defesa, de igual modo, o Tribunal de Contas do Estado já declarou que sua participação no procedimento licitatório foi estritamente técnica, isentando-o de qualquer responsabilidade por supostas irregularidades no referido contrato. Por fim, acrescentamos que todas as questões serão enfrentadas nos autos, demonstrando que não há qualquer vinculação dos servidores com as supostas irregularidades investigadas, tampouco com as empresas licitantes”.