Gabinete e casa do deputado Iso Moreira, de seus filhos e de assessores
parlamentares são alvos de mandados de busca e apreensão neste momento, em Goiânia, Alvorada do Norte, Simolândia, Bela Vista e Brasília
Foi deflagrada no começo da manhã desta quinta-feira (3), a Operação Zaratusta, para desarticular um esquema que pode ter desviado R$ 10 milhões dos cofres públicos. O esquema investigado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) apurou que o grupo agia por meio de fraude a processos de licitação e falsidade ideológica.
Nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos neste momento em Goiânia, Alvorada do Norte, Simolândia, Bela Vista e Brasília. Uma das ações ocorrem no gabinete de deputado estadual, Iso Moreira, na Assembleia Legislativa do estado de Goiás (Alego).
A casa de dois assessores do deputado, Carlos Alberto Alves Dourado, em Goiânia, e Humberto Carlos Teixeira, em Bela Vista de Goiás, também são alvos das ações. Os dois assessores são apontados como possíveis laranjas nos esquemas de desvios dos recursos da prefeitura de Alvorada do Norte em, pelo menos, 13 anos.
A investigação conduzida pelo promotor Douglas Chegury mostra que, entre 2003 e 2016, houve um esquema envolvendo um posto de combustível da família de Iso Moreira. Por meio de alterações falsas no contrato social do Posto Serra Bonita, o empreendimento era colocado no nome de terceiros para mascarar os verdadeiros proprietários e garantir que a empresa continuasse fornecendo combustível para a prefeitura.
As alterações eram realizadas porque uma lei federal de 1993 impede que um órgão público, como a prefeitura, por exemplo, contrate serviços ofertados por seus gestores.
Ou seja, o fornecedor não pode fazer parte de que realiza a licitação.
Para garantir que o posto continuasse a oferecer combustível para a prefeitura, a empresa foi colocada nos nomes do ex-prefeito e assessor parlamentar David Moreira de Carvalho e dos assessores Humberto Carlos e Carlos Alberto.
Os filhos de Iso Moreira, Alessandro Moreira dos Santos e Aloísio Moreira dos Santos Júnior também são investigados. Alessandro, que tem casa em Simolândia e já foi prefeito de Alvorada do Norte, também recebeu os investigadores em sua casa como a nesta manhã. No caso de Aloísio, que é empresário, teve sua casa em Brasília como alvo de ação