Nome do atleta não foi divulgado. Ministério Público divulgou que foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), o Ministério Público de Goiás (MPGO) divulgou que um jogador confessou ter participado de esquema de manipulação de resultado de um jogo entre Palmeiras e Juventude. O nome do atleta não foi divulgado.
O MPGO divulgou que foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados. Segundo o Ministério Público, estes são os detalhes dos mandados:
- Goiás: 1 atleta investigado. 1 mandado de busca e apreensão;
- Rio Grande do Sul: 2 atletas investigados, mas ao total são 3 mandados de busca e apreensão;
- Santa Catarina: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e apreensão;
- Rio de Janeiro: 1 pessoa investigada, não é atleta;
- Pernambuco: 2 atletas investigados. 2 mandados de busca e apreensão;
- São Paulo: 2 atletas investigados, sendo no total 10 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão.
Entenda como agia o grupo
O MPGO, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já apurou que o grupo criminoso conseguiu manipular resultados de jogos de futebol após subornar jogadores. A investigação mostrou que os jogadores recebiam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que realizassem ações específicas durante as partidas.
Na primeira fase, a investigação mostrou que o esquema funcionava da seguinte forma: os apostadores faziam propostas para atletas marcarem pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo. Caso os jogadores aceitassem, era feito o pagamentos do “sinal”. Após a partida, caso o pênalti tivesse sido feito, os jogadores receberiam o restante do valor combinado.
Na segunda fase, o Ministério Público descobriu que o grupo investigado pedia também aos jogadores que eles tomassem cartões amarelo e vermelho, além do pedido para a derrota de um time.
De acordo com o MP, há indícios de que as condutas solicitadas aos jogadores tinham como objetivo que os investigados conseguissem altos lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, usando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar o retorno financeiro.
A investigação começou em novembro de 2022 após uma denúncia feita pelo próprio Vila Nova, que é vítima no esquema, segundo o MP.
A operação “Penalidade Máxima” foi deflagrada no dia 14 de fevereiro deste ano e, na época, cumpriu nove mandados de busca e apreensão, sendo dois deles em Goiânia e outros em quatro estados. Durante a ação, o empresário Bruno Lopez de Moura foi preso temporariamente, em São Paulo, suspeito de ser responsável pelas apostas e de intermediar contatos com jogadores. Bruno deixou a prisão após uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).