Após 15 semanas de queda, o preço da gasolina voltou a subir nos postos brasileiros, segundo a pesquisa semanal de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Na semana passada, o combustível foi vendido, em média a R$ 4,86 por litro.
É uma alta de 1,4% em relação ao verificado na semana anterior, já com efeito de aumentos na única refinaria privada brasileira, a Refinaria de Mataripe, que vem acompanhando mais de perto a alta nas cotações internacionais.
A Petrobras segue sem se pronunciar em relação a reajustes: embora as defasagens sigam em patamares elevados, a empresa sofre pressão do governo para segurar aumentos ao menos até a votação de segundo turno das eleições.
Segundo a ANP, o preço da gasolina subiu em 15 estados e no Distrito Federal. A maior alta, de 10,3%, ocorreu na Bahia, atendida pela Refinaria de Mataripe, que já promoveu dois reajustes desde que as cotações do petróleo começaram a subir.
Houve grandes aumentos também em outros estados das regiões Norte e Nordeste, como Tocantins (7,7%), Sergipe (6,4%), Ceará (5,7%) e Maranhão (4,4%). Em alguns casos, também reflexo das altas em Mataripe, que abastece parte da região Nordeste.
Mas há também impacto da alta do etanol anidro, que representa 27% da gasolina vendida nos postos. Nas últimas três semanas, o produto acumula alta de 7% nas usinas de São Paulo, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP.
Apesar da alta do petróleo, a Petrobras não mexe no preço da gasolina desde o início de setembro, quando promoveu redução média de 7%. Já o preço do diesel está sem ajustes desde o último dia 19, quando houve corte de 5,8%.
(Via FolhaPress)