Aumento é de 2,53% aos consumidores residenciais; para indústrias e grandes comércios que utilizam a alta tensão, reajuste médio será de 6,63%
A energia elétrica vai ficar mais cara em Goiás a partir de amanhã, dia 22. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem o reajuste tarifário da Enel Distribuição Goiás, que atende cerca de 3 milhões de unidades consumidoras localizadas em 237 municípios do Estado. Para os consumidores residenciais, o aumento será de 2,53%. Já os usuários da rede de baixa tensão terão um reajuste médio 3,36%, enquanto o aumento será de 6,63% para a alta tensão, com um efeito médio de 4,28% para o consumidor.
De acordo com a Aneel, os impactos que ocasionaram o reajuste vieram,
principalmente, dos custos dos encargos setoriais, de transmissão e da aquisição de energia, com destaque para a compra da Usina de Itaipu, que é precificada em dólar. A agência afirma que o empréstimo da Conta-Covid ajudou a amenizar o impacto sobre os índices que serão aplicados nas contas dos consumidores goianos a partir de 22 de outubro, data de aniversário da concessão, em -7,84%.
A Enel informa que os clientes residenciais, que pagavam R$ 0,533/kWh na conta de energia, a partir do dia 22 passarão a pagar R$ 0,547/kWh. A empresa ressalta que o reajuste para estes consumidores, que correspondem a mais de 85% de todos os clientes da Enel Goiás, ficou abaixo da inflação do período pelo IPCA, que foi de
3,14%. Os consumidores de baixa tensão são indústrias e comércios de pequeno porte, como açougues e panificadoras, enquanto os de alta tensão são grandes indústrias e comércio de maior porte.
O responsável pela Regulação da Enel Distribuição Goiás, Ilídio Coutinho, explica que os consumidores começarão a sentir o impacto do reajuste nas contas recebidas nos próximos dias, de acordo com a data da medição. Se a medição for feita no dia 24, por exemplo, já terá dois dias de impacto do aumento. “O consumidor só sentirá o reajuste total quando já tiver consumido 30 dias de energia dentro da nova tarifa”, completa.
Vale lembrar que, por conta da pandemia, a cobrança de energia ainda está sob bandeira verde, sem acréscimos. Se houver mudança para a bandeira amarela, em novembro, o custo subirá mais.
“A cada R$ 100 faturados, somente R$ 18,70 ficam com o distribuidor para operar,
manter e realizar os investimentos que a concessão precisa”, ressalta Ilídio. Segundo ele, os investimentos na rede de distribuição, estimados em R$ 800 milhões anuais, são importantes porque a antiga Celg investiu muito aquém da necessidade da demanda. A Enel informa que de fevereiro de 2017 a setembro de 2020, o DEC (duração das interrupções no fornecimento) caiu cerca de 10 horas, um avanço de 21/10/2020 Energia elétrica fica mais cara em Goiás a partir de quinta-feira (22)
34,5%. Já o FEC (frequência de interrupções) melhorou 48% no mesmo período, uma
redução de 9 vezes na frequência média