De acordo com relator do processo, Dona Cida não comprovou o destino de R$ 1,2 milhão gastos na campanha. Defesa vai recorrer da decisão
A Justiça Eleitoral cassou o diploma de suplente de deputada federal de Maria Aparecida dos Santos (Pros). Conhecida como Dona Cida, ela é mãe do presidente nacional da legenda, Eurípedes Júnior, e teve o diploma cassado no dia 29 de janeiro por captação e gasto ilícito de recursos de campanha.
As contas dela já haviam sido rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). Na época, foi determinado o recolhimento de cerca de R$ 1,2 milhão ao Tesouro Nacional, referente ao uso de recursos cuja destinação não pôde ser comprovada. A defesa de Dona Cida protocolou embargos de declaração e recurso especial eleitoral, mas ambos foram negados.
De acordo com o juiz relator do processo, Alderico Rocha Santos, a candidata recebeu verbas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) por meio de cartões de débito. Não houve, entretanto, comprovação do destino dos valores gastos. O relator ressaltou ainda que a movimentação financeira por meio dos cartões impossibilitou a justiça de fiscalizar a real destinação.
A defesa nacional do Pros afirmou ao Mais Goiás que vai recorrer da decisão. “Ela foi condenada sob a alegação de que não demonstrou-se a regularidade do gasto. Estamos manejando os recursos necessários para demonstrar que quem tem que provar o gasto ilícito da campanha é o Ministério Público”, disse o advogado da legenda, Bruno Pena.
Fonte: Mais Goias