Uma das cantoras mais conhecidas da cena cultural goianiense, Cláudia Garcia morreu na madrugada desta sexta-feira (26) no Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp) em decorrência da Covid-19.
Sambista e intérprete de MPB, Cláudia era paulistana e escolheu Goiânia para viver por volta de 2010. Ela deixa um filho de 14 anos, Luiz Guilherme.
Filha de mãe pianista, Elza Garcia, e Antônio Alfredo, que cantava na extinta TV Tupi, Cláudia faria 50 anos no dia 4 de março.
Ela se apresentava com frequência em diferentes espaços da capital, como Quintal do Jorjão, Teatro Sesi, Teatro Sesc, Aquarius, entre outros. Ela estava sempre acompanhada de músicos reconhecidos, João Garoto, Leandro Mourão, Wellington Mourão, Xexeu, que também se recupera de Covid-19 em casa, sem sintomas, entre outros.
“Ela era uma pessoa que dava oportunidade para muitos músicos, principalmente depois da pandemia. Ela continuou fazendo apresentações e dando espaço para muita gente, tamanha a sua generosidade”, disse Xexeu ao POPULAR.
“Tudo o que tinha de excelência em samba, contava em seu repertório. Claudia também cantava muito Gonzaguinha, tendo montado o show Gonzaguiano Entre Amigos, que chegou a
apresentar em algumas escolas.
Ao lado de Xexéu, Claudia Garcia criou o projeto Adote a Arte logo no início da pandemia do coronavírus para ajudar os colegas que ficaram sem trabalhar.
O projeto continua em funcionamento e tem ponto de apoio na sede da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef), na esquina das Avenidas T-8 e T-1, no Setor Bueno, onde podem ser doados alimentos. “Temos sempre listas para cumprir durante a semana”, afirma Xexéu.