A presidência nacional apresentou proposta, que não foi aceita pela categoria
Trabalhadores dos Correios de todo o país iniciaram greve na manhã desta terça-feira (18). A categoria decidiu, através da coordenação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios (Fentect) em assembleia geral, realizada na segunda-feira (17), que iria paralisar as atividades em prol do pagamento integral dos benefícios presentes em acordo coletivo. A presidência nacional apresentou proposta, que não foi aceita pela categoria.
Matéria do Mais Goiás publicada no fim de julho adiantou a possibilidade de greve em agosto.
Em Goiás, de acordo com Sindicato dos Trabalhadores na Empresa dos Correios e Telégrafos (Sintect), pelo menos 300 trabalhadores participaram da assembleia que definiu a participação no movimento. Como isso, a categoria promete paralisar as atividades por tempo indeterminado pelo que consideram retirada de direitos, contra a privatização e “negligência com a saúde dos trabalhadores em relação à covid-19”.
Segundo o secretário-geral do sindicato em Goiás, Ueber Ribeiro, o governo federal parou de pagar o acordo coletivo que vigeria por dois anos. A proposta enviada pela direção nacional retiraria 70 cláusulas do acordo, diminuindo sensivelmente o vencimento dos trabalhadores.
Benefícios
Entre os benefícios retirados pela proposta da diretoria estariam a retirada de 30% do adicional de risco, vale alimentação, auxílio creche, 70% sobre férias, licença maternidade de 180 dias, entre outros.
Ueber argumenta que o regime de trabalho é regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), mas que esses benefícios foram conquistados através de luta dos trabalhadores desde a década de 1980. “A retirada desses benefícios faz parte da estratégia para a privatização da empresa e foram feitos dentro de um contexto de pandemia”, aponta.