Pelo menos 13 prefeituras em Goiás estão com seleções em curso para contratação de servidores. Somadas, são 763 vagas abertas, fora as previstas para formar cadastro reserva (CR). Em grande parte dos concursos, há oportunidades para todos os níveis de escolaridade. Já as remunerações variam de um salário mínimo a mais de R$ 10 mil.
Das 13 prefeituras com certames em andamento que a reportagem apurou, seis estão com editais publicados, mas o prazo para inscrição começa apenas no mês que vem. Para a maioria, porém, interessados já podem se inscrever (veja quadro).
Devem correr os candidatos aos concursos dos municípios de São Simão e de Santo Antônio de Goiás. Para o primeiro, o período para inscrição se encerra neste domingo (26) e para o segundo, na segunda-feira (27).
Entre aqueles cujas inscrições ainda irão abrir, o com o maior quantitativo de vagas é o da Prefeitura de Ceres: são 168 distribuídas entre cargos de diversos níveis de escolaridade. O maior salário é para médico, de R$ 10.743,41. Já o menor aparece no edital com valor de R$ 1.000,91. Montante que hoje fica abaixo do mínimo, após reajuste, que passou a ser R$ 1.045. O secretário de Administração da cidade, Washington Pedroso, diz que enviaram o edital antes da mudança e que o valor será atualizado ao novo mínimo. Representantes de Hidrolina, Ipameri e Varjão, municípios com situação semelhante, também informaram que haverá a atualização.
O presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Haroldo Naves (MDB), frisa que ninguém pode receber menos que o salário mínimo e que “automaticamente” essa diferença será atualizada.
Sobre o quantitativo de concursos municipais em curso, Naves informa que muitos prefeitos passaram os três primeiros anos do mandato “tentando colocar a casa em ordem”. Além disso, recomendação do Ministério Público para se fazer concurso público também influencia.
Prefeito de Ceres, Rafaell Dias Melo (PSDB), cita que já queriam ter realizado a seleção para contratar efetivos “há muito tempo”, “conforme a lei exige”, mas entraves burocráticos adiaram. “Nós temos essa demanda em todas as áreas realmente.” Por lá, segundo o secretário de Administração, 32.89% do quadro hoje são de comissionados.
O prefeito de Varjão Valdivino Martins da Silva (PPS) frisa que o concurso é obrigatório e que, por lá, há desfalque no quadro em razão da aposentadoria de efetivos. “Já tem uns dez anos que não se faz concurso aqui”.