O júri popular que julgava os cinco réus acusados de matar o radialista Valério Luiz foi adiado pelo juiz Lourival Machado nesta quarta-feira (14) após um jurado passar mal. O julgamento foi remarcado para 5 de dezembro deste ano.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que o julgamento nem tinha começado quando o corpo do júri foi informado que o jurado se sentiu mal. Depois, o juiz Lourival Machado anunciou que o julgamento foi adiado.
Um dos 7 jurados se sentiu mal de madrugada e resolveu sair do isolamento do hotel em que estava para ir em casa tomar um remédio por conta própria. Essa saída do hotel é proibida porque ele não pode ter contato com ninguém que não seja do júri e quebra a isenção do jurado.
Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, quando saía da rádio em que trabalhava, no dia 5 de julho de 2012. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, o crime foi motivado pelas críticas constantes de Valério Luiz à diretoria do Atlético Goianiense, da qual Maurício Sampaio, um dos réus, era vice-diretor. Atualmente, ele é vice-presidente do Conselho de Administração.
O promotor do Ministério Público Sebastião Marcos Martins disse que o que aconteceu foi uma fatalidade. Ele explicou que não é possível uma substituição do jurado e o conselho precisa ser dissolvido.
“Quando um jurado é sorteado, ele fica incomunicável. O jurado passou mal, teve um problema com alimentação e precisou de atendimento. O médico comprovou que ele não tem condições de continuar”, esclareceu o promotor.
Os cinco acusados do crime são:
- Maurício Sampaio, apontado como mandante;
- Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueiredo para cometer o homicídio contra o radialista;
- Ademá Figueiredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos que mataram Valério;
- Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista;
- Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações.