Com Informações do G1
Deve ir a júri popular a jovem Stefania Andrade Resende, acusada de envolvimento na tragédia que matou três pessoas de uma família de Campinas (SP) na BR-050 entre Uberlândia e Araguari, em outubro de 2018. Na decisão, proferida na última quinta-feira (6), o juiz da Primeira Vara Criminal de Araguari entendeu que ele deve ser julgada por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
A ré ainda pode recorrer dessa decisão antes de o magistrado marcar a data do julgamento. Se a defesa recorrer e conseguir que o caso seja julgado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, ela não vai a júri popular. O advogado da jovem disse que ainda não foi intimado e, portanto, não informou se vai entrar com recurso.
Stefania Resende era a motorista do carro que teria causado o acidente em que pai, mãe e um dos filhos morreram e apenas uma criança conseguiu se salvar. No processo consta que ela não tinha carteira de habilitação e que havia ingerido bebida alcoólica. Ela foi indiciada por triplo homicídio qualificado e direção perigosa.
O acidente comoveu a região e chamou a atenção pelo fato de uma criança que tinha 6 anos na época ter sido encontrada viva dois dias depois, às margens da rodovia, nas proximidades do local da tragédia. O menino recebeu alta dois dias depois de ter sido socorrido.
Família voltava de Rio Quente
O acidente foi registrado no dia 7 de outubro de 2018, no km 45 da rodovia BR-050, entre Araguari e Uberlândia.
Na ocasião, morreram o pai Alessandro Monare, de 37 anos, a mãe Belkis da Silva Miguel Monare, de 35 anos, e um dos filhos do casal, de 8 anos. O único sobrevivente foi um menino de 6 anos, que após 48 horas da tragédia, conseguiu sair da vala onde estava o carro e pedir ajuda na rodovia.
A família voltava de um fim de semana em Rio Quente (GO). Uma parente contou que eles estavam comemorando o aniversário da mãe das crianças. No dia, as vítimas informaram para parentes que retornariam para casa, mas perderam o contato durante a manhã.
O pai era pastor da Igreja Batista em Campinas há seis anos. Quando ele não apareceu para celebrar o culto no domingo, amigos e familiares iniciaram as buscas por conta própria. Membros de outras igrejas evangélicas e cristãs fizeram o trajeto por onde a família deveria ter passado.
O Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a MGO Rodovias – concessionária responsável pelo trecho na época – também foram acionados e identificaram que o veículo da família havia sido visto pela última vez na manhã de domingo (7), no Km 114 da LGM-223.
As buscas foram feitas na área, inclusive com o auxílio de drones. No entanto, as vítimas só foram localizadas quando a criança saiu do carro e seguiu em direção à rodovia, sendo socorrida por um caminhoneiro que passava pelo local.