Falta de água, poluição do ar e aumento de casos de câncer se tornaram problemas recorrentes da mineração nesta região de Goiás
Será que a exploração da mineração no país tem apenas pensado no dinheiro e não nos impactos ambientais ? Catalão hoje tem uma atividade de mineração significativa, tendo algumas empresas que aqui exploram nossas riquezas em nosso subsolo, rico em níquel, nióbio e fosfato, em troca, a população de Catalão/ Ouvidor, recebem apenas o prejuízo dessa atividade.
Percebe-se nesses espaços territoriais o potencial de risco que essas empresas podem acarretar ao meio ambiente e a agricultura. Sob a perspectiva da “sociedade de risco”, de Urich Bech (2014), “O risco deixou de ser previsível e mensurável, passando a ser utilizado para designar a probabilidade de ocorrência de um evento cujas consequências, em geral coletivas e de grande magnitude, não são de possível previsão ou mensuração” De fato, ainda que seja possível prever acidente socioambiental das mineradoras.
Temos aqui a vulnerabilidade das lagoas de rejeitos tóxicos em áreasque poderiam sera usadas para plantações agrícolas.
Não há dúvidas de que já passamos e passaremos a presenciar, cada vez mais, eventos dessa natureza, o que exigirá que a sociedade passe, então, a avaliar o risco em uma esfera superior, onde se deve decidir em que mundo e sob quais riscos as futuras gerações viverão. Além disso, o colapso social e o esgotamento dos recursos naturais podem se manifestar em diversas áreas da mineração. A destruição do solo, poluição do ar, aumento dos casos de câncer, perfuração desenfreada do lençol freático e o intensivo uso de água na atividade de mineração, são alguns dos problemas que estão afetando as comunidades camponesas da região. A demanda de água é o fator de maior impacto na exploração de minérios e essa situação está refletindo no modo de vidas das famílias do campo.
O modelo de atividade da mineração em Catalão/Ouvidor, gera conflitos socioambientais intensos, em função das consequências da poluição do meio ambiente e saúde das pessoas. Na verdade, o que irá garantir a permanência dessas comunidades na terra, é a forma responsável e sustentável de exploração dos recursos naturais, respeitando o modo de vida das pessoas e natureza. A exploração do minério na região diminuiu bastante os níveis de agua nos riachos, córregos e nascentes. Acontece que o modelo de exploração do minério de nióbio e fosfato da região, esta condicionado aos interesses econômicos das mineradoras em detrimento dos interesses das comunidades rurais. Hoje o cenário é de destruição e morte. O fato é que o principal impacto na região de Catalão/Ouvidor é resultante da produção mineral. É possível conviver com os conflitos socioambientais gerados pelas atividades da mineradora? Haverá para essas comunidades outra forma de viver? É possível construir outra forma de mineração sem que agrida o meio ambiente e a vida das pessoas?
CATALÃO E OUVIDOR, tomem cuidado com suas terras, com sua água, ou tudo vai se acabar como num passe de mágica, são tantos questionamentos e ainda sem respostas para todos eles.
Outro impacto importante sentido nas cidades da região é o aumento de doenças dermatológicas, oculares, pulmonares e câncer, provocadas pelas atividades da indústria. A emissão de resíduos de flúor na atmosfera (cheiro de barata) tem trazido muitos prejuízos à saúde e ao meio ambiente. Situação que levou as mineradoras a serem notificadas para pagarem uma multa no valor de milhões. De acordo com a SEMMAC, ambas as empresas seriam as responsáveis pela poluição que em Catalão já foi apelidada de “cheiro de baratas”.
DIGA NÃO A MINERAÇÃO EM NOSSAS TERRAS!!