Mais de 200 mulheres afirmam ter sido abusadas sexualmente pelo médium durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia
O MP-GO (Ministério Público de Goiás) pediu nesta quarta-feira (12) a prisão preventiva do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. As informações foram confirmadas pela RecordTV.
Mesmo que o pedido de prisão apresentado no fórum de Abadiânia seja aceito ainda hoje, João de Deus não poderá ser detido imediatamente, já que a Justiça autoriza que apenas prisões em flagrante sejam realizadas no período da noite.
Até às 17h desta terça-feira (11), o MP já havia realizado o atendimento a 206 mulheres que afirmam ter sido abusadas sexualmente pelo médium.
Pela manhã, João de Deus apareceu pela primeira vez após as denúncias contra ele virem à tona. Ele fez uma visita de menos de 10 minutos à sala de atendimento e retornou.
Em declaração, o médium agradeceu a Deus e afirmou que quer cumprir a lei brasileira. “Estou nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo”, declarou ele, que garante ser inocente.
De acordo com o Ministério Público, duas das 206 denúncias recebidas contra o médium tiveram origem no exterior, uma dos Estados Unidos e outra da Suíça. As demais foram realizadas por moradoras de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.