A vítima estava amarrada e enrolada em um lençol dentro de uma caixa de papelão; laudo da Polícia aponta que ela teria sido violentada e torturada
O corpo de Géssika Sousa dos Santos, de 27 anos, foi encontrado, na manhã desta terça-feira (30), na Praça do Trabalhador, no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia. A vítima teria sido colocada no local, ao lado de uma motocicleta, por volta de meia noite. Pela manhã, quando as pessoas começaram a passar pela praça para trabalhar, acionaram a Polícia. A Polícia Técnica-Científica realizou perícia e concluiu que a vítima foi violentada e teve as pontas dos dedos cortadas.
Géssika foi deixada em um embrulho, no meio da Praça do Trabalhador, em uma espécie de edredom de cor laranja. Dentro desta coberta havia ainda uma caixa de papelão e por fim, o corpo, amarrado e enrolado em um lençol floral de cor branca e amarela. A Auxiliar administrativa da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Betânia Sousa, de 37 anos, disse que, com a demora da polícia, os trabalhadores que passavam pelo local viram o sangue escorrendo do embrulho e começaram a abrir, usando um pedaço de pau. Depois de rasgar a caixa, e ainda sem ver o corpo, perceberam que se tratava de uma pessoa.
“Ficamos com medo do que pudesse ser, mas muitos curiosos estiveram por lá, encostaram na moto e com a demora da polícia, acabaram abrindo o edredom. Como deixam uma pessoa neste estado no meio de uma praça? Deu arrepio de ver a cena. Liguei mil vezes para a polícia. É muito triste”, completou Betânia.
A perícia chegou mais tarde e o corpo foi retirado do local por volta de 10h30. Uma vizinha de Géssika, que esteve no local, afirmou que ela era casada, mãe de dois filhos e que o marido estaria em casa, em um pós-operatório. Ambas seriam moradoras do Jardim Balneário, em Goiânia. O caso está sendo investigado pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) sob comando da delegada Magda Davila, que deve ouvir familiares e algumas testemunhas ainda nesta tarde.
O corpo de Géssika foi liberado por volta das 13:30h do Instituto Médico Legal (IML) e ainda não há informações sobre velório e enterro.
Opopular