Investigações apontam que houve direcionamento de aquisições de coroa de flores para que uma mesma funerária da cidade as fornecesse.
Uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), deflagrada na última sexta-feira (15/10), apura supostas fraudes em licitação na aquisição de coroas de flores para ornamentar cerimônias de velórios, em Goianésia.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em residências, estabelecimentos comerciais e na Câmara Municipal da cidade. Foram apreendidas seis armas de fogo, entre revólveres, pistola e carabinas, e munições de propriedade do principal investigado.
As medidas da ‘Operação Coroa de Flores’ foram determinadas pela 1ª Vara Criminal de Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro de Goiânia. Os envolvidos poderão responder por crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato.
Entretanto, foi verificado que a funerária em questão não costuma fornecer tais ornamentos e é ligada a um dos vereadores da Câmara Municipal. Além disso, há suspeitas de que o antigo mandatário da Câmara de Vereadores seja o verdadeiro proprietário da empresa funerária que possui como sócios formais pessoas intimamente ligadas a ele, como seu genro.
Segundo a Polícia Civil, há possibilidade também de que as coroas de flores sequer tenham sido fornecidas, pois a empresa não possui permissão para a realização da atividade.
A investigação também apura o direcionamento na contratação de uma empresa de engenharia que prestou serviços para a Câmara Municipal por meio de dispensa de licitação.
As investigações estão em fase final e os envolvidos poderão responder por crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato. Caso sejam condenados, os investigados poderão pegar até 19 anos de prisão.
O Dia Online entrou em contato com a Prefeitura e Câmara da cidade e aguarda retorno.
Fonte: Dia On Line